5 animais que desenvolveram características icônicas

5 animais que desenvolveram características icônicas

A natureza é definitivamente especial. Ao redor do nosso planeta, diferentes espécies convivem nos mais variados habitats em busca de sobrevivência — o que também fez com que os animais desenvolvessem características totalmente únicas. Afinal, existem criaturas de todas as formas e tamanhos, sendo algumas mais conhecidas do que outras.

Mas e quanto aquelas características mais notáveis? Por que as baleias são tão grandes? Qual o motivo por trás das girafas possuírem pescoços tão gigantes. Na matemática genética, tudo tem sua explicação. Pensando nisso, nós separamos uma lista para explicar como cinco animais desenvolveram seus traços mais icônicos!

1. Cascos das tartarugas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Durante anos, cientistas debateram como os cascos das tartarugas evoluíram. Mas essa grande pergunta só foi respondida em 2008, quando cientistas chineses descobriram o fóssil da Odontochelys semitestacea, também chamada de “tartaruga com meia carapaça e dentes”. Embora a concha do animal fossilizado estivesse incompleta, não apresentava qualquer osteoderma e tinha alargamento das costelas.

Isso confirma a teoria antiga de biólogos dizendo que as tartarugas tiveram suas costelas fundidas gradualmente, unindo-se ao corpo para formar uma proteção extraordinária.

2. Pescoços das girafas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O pescoço de uma girafa pode chegar aos 3 metros de comprimento, permitindo com que esse animal alcance as folhas no alto das árvores. Porém, elas nem sempre tiveram esse recurso impressionante. Um antigo parente das girafas, chamado Discokeryx xiezhi, viveu há cerca de 17 milhões de anos e apresentava pescoço atarracado e um crânio grosso em forma de disco. 

Em 2022, cientistas descobriram que esse crânio grosso servia para resistir a golpes massivos na cabeça durante brigas entre machos. Essas mesmas lutas alimentaram o crescimento de seus pescoços, sugerindo que a competição levou ao desenvolvimento de pescoços cada vez mais longos para ter vantagem nas batalhas.

3. Presas dos elefantes

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Cada elefante apresenta presas profundamente enraizadas que se projetam de suas bocas e crescem continuamente. Esses dentes enormes dão aos paquidermes uma vantagem evolutiva ao cavar, levantar objetos, arrancar cascas de árvores e se proteger.

Pesquisadores teorizaram que essas presas passavam a crescer continuamente devido aos ancestrais dos elefantes chamados Dicynodonts, que viveram há 270 milhões de anos e tinham bicos pontiagudos únicos com dentes salientes. Com o passar do tempo, as presas foram se desenvolvendo e formaram ligamentos de tecidos moles, ancorando os dentes grandes à mandíbula.

4. Tamanho das baleias

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

As baleias-azuis são os maiores animais que já existiram no mundo. Seu tamanho torna difícil acreditar que esses mamíferos colossais evoluíram de um ancestral do tamanho de um cachorro, chamado Pakicetus. De acordo com um estudo de 2016, o tamanho das baleias cresceu significativamente nos últimos 5,3 milhões de anos. 

Uma das principais razões para esse crescimento acelerado é o comportamento de alimentação por filtragem das baleias, que usam dentes semelhantes a cercas para peneirar plâncton no oceano. Com essa estratégia, elas podem conservar grandes quantidades de energia enquanto viajam longas distâncias. 

5. Bolsas dos pelicanos

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Os pelicanos são grandes aves aquáticas com uma característica completamente icônica: seus bicos compridos e grandes bolsas na garganta que os ajudam a consumir até 1,8 kg de peixe por dia. Logo, é quase como se eles carregassem um balde nas suas bocas para ajudar na captura de presas no oceano.

A forma como essa ferramenta útil evolui, no entanto, era um mistério para os pesquisadores, pois não existiam registros fósseis em aves que viveram na era Paleogena — entre 66 milhões e 22 milhões de anos atrás. Em 2010, contudo, o primeiro fóssil de pelicano conhecido foi encontrado com o bico quase totalmente preservado. Suas bolsas mudaram minimamente nos últimos 30 milhões de anos, o que indica que a característica sempre foi uma facilitadora para a alimentação da espécie.