9 invenções responsáveis pela evolução das roupas íntimas

9 invenções responsáveis pela evolução das roupas íntimas

Tem gente que não gosta delas e prefere se sentir “mais livre”, porém, a maioria de nós usa cuecas, calcinhas ou outro tipo de roupa íntima todos os dias.

Isso nos traz várias perguntas: de onde veio esse costume? Onde as roupas íntimas surgiram? E como elas evoluíram até as peças que conhecemos hoje? Nessa lista, com as roupas íntimas do passado, você vai entender melhor toda essa história!

1. Tangas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Você provavelmente conhece as tangas — seja pelos filmes ou porque alguns povos as usam até hoje. Trata-se de um pedaço de pano ou couro simples, que cobre “o essencial” e é amarrado em si ou com alguma espécie de cinto.

Apesar dessa modelagem bem simples, alguns povos desenvolveram tangas mais elaboradas. No Egito Antigo, por exemplo, usavam tangas cheias de detalhes coloridos e cortes diferentes. Pesquisas históricas apontam que essa peça surgiu há cerca de 7 mil anos.

2. Braguilhas

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Na passagem da Antiguidade para a Idade Média, as tangas e túnicas deixaram de ser fashion — e os homens passaram a usar calças. As peças da época eram confortáveis e folgadas, mas meio complicadas de colocar e tirar por serem amarradas na cintura.

Para facilitar as idas ao banheiro, as braguilhas foram criadas. Mas, diferentes das que conhecemos hoje — com zíperes ou botões —, essa era uma peça de tecido que cobria uma abertura nas partes íntimas. Então, quando “a natureza chamava”, era só abrir os botões que seguravam a braguilha no lugar. 

Com o tempo, os homens começaram a “inventar moda” com suas braguilhas, literalmente. Um dos exemplos mais famosos disso é o Rei Henrique VII, que usava braguilhas enormes, tal qual podemos ver nas pinturas. Embora isso pareça uma tentativa de destacar suas partes, há quem diga que as braguilhas gigantes escondiam curativos para tratar sífilis. 

3. Corsete

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

As primeiras versões do que hoje conhecemos como corsete surgiram há 3 mil anos. Depois, tornou-se popular na Grécia Antiga, antes de desaparecer da moda por milênios. Foi só por volta do século XVI, na França, que os corsetes ressurgiram — sendo usados principalmente por mulheres.

A ideia da peça é apertar a cintura das mulheres, criando aquele visual de ampulheta, com destaque para os peitos e para as nádegas. Contudo, quando apertada demais, também causava problemas: mulheres tinham dificuldade para respirar e algumas até desmaiavam. Os médicos diziam que corsetes muito apertados causavam doenças respiratórias, danos aos órgãos e até abortos espontâneos.

4. Chemise

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Na mesma época das braguilhas e corsetes, tanto homens quanto mulheres usavam chemises, que eram peças simples de linho utilizadas para proteger os vestidos ou casacos finos do suor. 

Mas, apesar da chemise ser uma roupa íntima simples, a rainha Maria Antonieta da França usou a peça em público com acessórios. Há até pinturas famosas, como a de Louise Élisabeth Vigée Le Brun (imagem acima), que mostram a monarca vestindo a peça. Ela foi bastante criticada por “se expor” dessa maneira, mas a chemise à la reine virou moda na França nas décadas seguintes.

5. Bloomers

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Cansadas do aperto dos corsetes, em meados do século XIX as mulheres criaram uma peça mais confortável para usar por baixo dos vestidos. 

Chamados em inglês de “bloomers” — sobrenome de sua criadora, Amelia Bloomer — as peças eram como ceroulas compridas e folgadas. Com o tempo, elas foram se tornando mais curtas, até se parecerem mais com as calcinhas modernas.

6. Macacão

(Fonte: Reprodução)(Fonte: Reprodução)

Você talvez já tenha visto essa roupa em filmes ou desenhos antigos: elas são como macacões ou pijamas de uma peça só, com um buraco na parte de trás. 

Criada nas últimas décadas do século XIX, a peça foi inicialmente pensada para as mulheres. Mas, conforme ficou claro que ela era prática e confortável, a moda também fez sucesso entre os homens. Até que, em meados do século XX, as ceroulas e camisas separadas em duas peças se tornaram mais populares que os macacões. 

7. Jockstrap

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Também conhecida como suporte atlético, essa espécie de cueca sem tecido atrás surgiu em 1874. A ideia era proteger os órgãos sexuais sem restringir os movimentos, especialmente quando proteções plásticas ou de ferros eram colocadas junto ao suporte. 

E apesar de ser associada aos atletas, essa peça não foi criada pensando neles. O público-alvo inicial eram os ciclistas que trabalhavam pedalando pelas ruas de lajotas. O balanço das bicicletas era bastante desconfortável para as partes íntimas, o que demandava essa proteção.

8. Sutiã

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Conforme as mulheres se cansavam dos apertados corsetes, propostas de peças para segurar os seios com mais conforto começaram a surgir. Porém, a invenção do sutiã moderno costuma ser atribuída à socialite nova-iorquina Caresse Crosby.

Enquanto se arrumava para uma festa, ela começou a se incomodar com seu corsete. Então, com um lenço, fitas e linha, improvisou uma peça íntima para dar suporte aos seios. Assim, Crosby patenteou sua invenção depois que várias colegas fizeram encomendas.

Ela se tornaria ainda mais popular quando o governo norte-americano pediu que as mulheres parassem de usar corsetes para que o metal pudesse ser usado na 1ª Guerra Mundial.

9. Cuecas

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

As cuecas modernas foram patenteadas em 1935 por uma loja de departamentos dos EUA. A inspiração veio de um cartão postal da Riviera Francesa, que mostrava um homem com uma roupa de banho bem curta e justa. 

Por décadas, o único propósito das cuecas foi o conforto — por isso, a maioria delas era só branca e sem detalhes. Mas, a partir dos anos 1970 e 1980, peças mais elaboradas e bonitas começaram a se popularizar. 

Já as cuecas boxers, que muitos homens preferem atualmente, surgiram nos anos 1990, como uma proposta de ceroula mais curta.